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Lugar da infância nas políticas públicas para a cultura norteia abertura de conferência temática

Fonte e foto: MINC

Desenhar, brincar, dançar, cantar, jogar futebol. Com crianças de todos os cantos do país reunidas para falar sobre o que gostam e querem para o futuro e para a cultura, foi aberta a 1ª Conferência Nacional Cultura Infância, em Porto Alegre (RS), neste sábado (24). A etapa, que antecede a 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC), vai até domingo (25), quando serão escolhidas três propostas.

O secretário-Executivo do MinC, Márcio Tavares, diz que diante dos 203 milhões de brasileiros não se pode fazer um debate sobre direitos culturais sem incluir as crianças e os adolescentes que, normalmente, não são chamadas para esses espaços. “É por isso que essa, de todas as Conferências de Cultura já realizadas, pela primeira vez, convoca o tema cultura infância, mas também convoca a infância como protagonista de expressão, de construção enquanto sujeitos de direitos e não só como objeto de políticas. E isso é extremamente simbólico nessa reconstrução das políticas culturais”, explica.

“Nós estamos muito comprometidos e acreditamos que as políticas de cultura são fundamentais para que a gente possa reconstruir o Brasil, fortalecer a democracia e afastar qualquer chance de um autoritarismo retornar no futuro e isso não se faz sem a gente começar atuando desde a infância. Precisamos, a partir daqui, ter um horizonte de incluir a cultura e infância no novo Plano Nacional de Cultura e organizar um Plano de Cultura Infância, articulado pelo MinC e que envolva um conjunto de outros ministérios para que possamos ter densidade e capacidade de atuação efetiva na construção de políticas para a cultura e infância”, conclui o secretário.

Para a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, um país se mede pela forma como ele trata suas crianças. “Então se a gente pensar nisso no Brasil a gente tem muitos desafios pela frente. Um dos grandes desafios é interagir com as crianças, perceber e penetrar nesse universo. A sensibilidade dessa Conferência, planta aqui um princípio básico de participação, que é ter as crianças envolvidas nesse processo e sendo estimuladas a ser cidadãs, a participarem nas suas escolas, e esse é um trabalho que a gente vai fazer em parceria”.

“Estamos aqui para afirmar a necessidade de tornarmos a política pública da cultura infância como prioridade absoluta do governo Lula, do Plano Nacional de Cultura. É na infância que se constrói a identidade de um país, em seus aspectos simbólicos, identitários, humanitários e afetivos”, disse a representante do Grupo Nacional Cultura Infância, Karen Acioly.

“Quando nós estamos com as crianças, nós despertamos na gente, primeiro a responsabilidade ética, sobretudo entre gerações, que eu vejo na nossa causa dos direitos da criança, causa da proteção integral, ela deve vir acompanhada do direito de expressão da infância, do dizer, do existir, porque dizer também é existir. Foi no reconhecimento da existência da infância e da proteção e da responsabilidade que temos como pessoas adultas com o livre desenvolvimento, foi com o reconhecimento da infância que nós passamos a ser modernidade”, avalia a deputada Federal, Maria do Rosário.

“Quando a gente fala de cultura e de criança a gente está falando de criança, de soberania, de democracia e perceber as conferências nacionais que o governo Lula está proporcionando que sejam retomadas é de fundamental importância para que a gente tenha um acesso à educação, à cultura e que a gente possa imaginar um Brasil diferente para todos os povos”, disse a vice-reitora da UniRio, Bruna Nascimento.

Mais cedo, foi exibido um filme do GT Cultura Infância. No período da tarde, a agenda foi voltada ao histórico das políticas públicas para Cultura Infância / GT Cultura Infância. E plenária com a participação da Casa Civil, UNICEF, CONANDA, SNCA-MDHC, MinC, MEC, GT Cultura Infância.

Amanhã, além da plenária final com a aprovação das propostas, haverá uma mostra de cinema infantil e uma plenária com a participação das próprias crianças.

Estão presentes na Conferência crianças entre 2 e 12 anos, educadores, militantes pela infância, artistas, agentes, coletivos, espaços e organizações voltados à cultura na infância no Brasil.

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